O senador Armando Monteiro Neto (PTB) desembarca hoje cedo em Brasília para propor ao PMDB que indique um nome alternativo ao do senador Renan Calheiros (AL) para disputar o Senado na eleição de renovação da mesa diretora, marcada para amanhã.
Para o trabalhista, Renan é uma ameaça real à estabilidade do Congresso, podendo gerar uma nova crise institucional sem precedentes. “Não se tratam de notícias ou denúncias, mas de um posicionamento do procurador-geral da República afirmando que as denúncias que pesam contra Renan são gravíssimas”, disse Armando.
O senador pernambucano está preocupado com a imagem do Senado. Por isso mesmo, proporá ao PMDB que busque dentro dos seus quadros um nome com trânsito no Governo capaz de representar bem o Senado e ganhar, consequentemente, o respaldo e a confiança dos 81 senadores.
Armando assume uma posição corajosa e sensata. Não há o menor ambiente político para Renan voltar a presidir o Senado depois de ser forçado a renunciar à presidência da mesma Casa, que comandou lá atrás, em razão de denúncias gravíssimas, que levarão o Supremo Tribunal, certamente, a oferecer uma ação de responsabilidade criminal.
Eleger Renan é apostar numa crise sem precedentes do ponto de vista moral e política, que respingará diretamente na imagem da presidente Dilma, que, por razão que a própria razão desconhece, resolveu bancar a candidatura do aliado.
A FRAQUEZA DE HUMBERTO – Diferentemente de Armando, o senador Humberto Costa (PT), que se encontra nos Estados Unidos, disse ao blog que se o PT tiver de fato fechado apoio à candidatura do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) não poderá deixar de votar nele. “Trata-se de uma orientação partidária”, justifica Humberto, que provavelmente não chegará a tempo de votar, porque pretende ficar nos Estados Unidos até a semana após o Carnaval.
Fonte: Blog do Magno Martins
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