Dr. Paulo Lima*
Lembro
quando criança, que, certa vez na casa do meu padrinho de crisma, Padre
Renato, na época Pároco de minha cidade Vertentes, disse-me ele que o Diabo
tem mais de mil disfarces. Fiquei sem
entender aquela frase e somente anos
depois, já adulto, pude compreender o porque daquela afirmação. Ele quis dizer
que o Diabo é o filho incestuoso da política. Sábio homem!
Assim é a política, ou
melhor, a maioria dos políticos. São piores do que o Diabo em matéria de
disfarces e dissimulações.
Observem vocês que
atualmente, o Congresso Nacional se vê às voltas com alguns dos piores “picaretas”,
no dizer de LULA, os quais usam a
religião para auferir vantagens às custas da fé e da ingenuidade dos
brasileiros.
A este respeito um deles, o
intitulado “pastor” MARCOS FELICIANO,
eleito Deputado Federal, cuja Igreja, por ele criada sob o título “Assembléia
de Deus – Catedral do Avivamento”, foi escolhido na semana que passou
para presidir a Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Câmara dos
Deputados, não obstante estar sendo processado por crimes de estelionato,
racismo e homofobia!
É que o indigitado, além de
assacar ofensas públicas contra os homossexuais e os negros, de posse do cartão
de crédito de um dos incautos frequentadores de sua Igreja, ficou aborrecido
porque o mesmo não forneceu a senha do cartão. O pior é que, sem o menor pudor,
expôs o coitado durante o culto, conforme vídeo divulgado pela “FOLHA
DE SÃO PAULO”.
Quem quiser assistir é só
acessar a internet através do Google. Para tanto basta colocar o nome do
elemento, e vão aparecer várias páginas, dentre as quais a que estou me
referindo.
O mais grave é que nenhuma
providência foi tomada até o presente momento, pelos demais Deputados.
Mas, pergunto eu: o que
esperar de um Congresso Nacional que elege RENAN
CALHEIROS para presidir o Senado Federal e HENRIQUE EDUARDO ALVES como
Presidente da Câmara dos Deputados?
O que mais vemos atualmente
é sujeitos dessa laia usarem a religião paga galgar cargos públicos, tudo em
nome de Deus!
Infelizmente, acredito que
não falta acontecer mais nada em política. Mas, tratando-se de política, nunca
é possível dizer não, em definitivo.
Como já disse em artigos
anteriores, não sou santo nem quero ser melhor do que ninguém, porém, também
não quero ser chamado de político, com estes adjetivos. Prefiro mil vezes ser
chamado de idiota ou ingênuo.
Com efeito, repiso, acredito
que a política pode ser exercida por homens de bem, com vergonha na cara e que
não precisam usar a religião ou o santo nome de Deus para atingir os seus
objetivos.
Um abraço a todos.
*PAULO
ROBERTO DE LIMA é graduado em Filosofia pela Universidade
Católica, bacharel em Direito pela Faculdade de Direito do Recife e atualmente
exerce o cargo de Procurador Federal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário