Dr. Paulo Lima*
Antes De começar este artigo tive que dá uma olhada nos anteriores, que não são poucos, para averiguar se já havia dedicado o título acima a algum deles.
É que, como sabem vocês, minha meia dúzia de pacientes leitores, a política tem muitos adjetivos e muitas faces e dentre eles você pode dizer tranquilamente, que é, também, a arte de dissimular. Infelizmente esta é a pura verdade. Eu, sinceramente, já disse e repito: não quero ser chamado de político neste sentido. Não que queira ser o melhor ou o mais honesto dos homens. Também tenho os meus pecados, mas como disse o “Messias”: “atire a primeira pedra aquele que não for pecador.” Entretanto procuro ao menos ser honesto para com os meus princípios. Disso não abro nem para um trem!
Mas acredito que algum de vocês já esteja perguntando aonde quero chegar com toda esta conversa mole, e explico.
Lendo esta manhã uma reportagem no “Commercio” fiquei a matutar até onde a política pode levar as pessoas. Refiro-me a visita feita pela Presidente Dilma Rousseff, esta semana a Alagoas, na qual, em entrevista a jornalistas, destacou a parceria com Renan Calheiros e Collor, vejam vocês!
E fiquei a perguntar aos meus botões: o que leva uma pessoa a destacar e mesmo elogiar figuras como as que acabei de citar?
Será que a Presidente estava sendo sincera em suas palavras? O que leva uma pessoa a elogiar figuras como Renan Calheiros e Collor?
Ontem tivemos a eleição do novo Papa e esperemos que ele volte a dar um rumo para a Igreja Católica, envolta em graves crises nos últimos tempos, de tal monta que levou Bento XVI a renunciar. Espero que no referido processo de eleição o Espírito Santo tenha inspirado os homens santos, afastando a mentira e a dissimulação e que, doravante, a Igreja cumpra, com o novo “Papa FRANCISCO”, o seu papel evangelizador. Mas vamos voltar ao tema.
Sinceramente, meus prezados, volto a dizer: não quero ser chamado de político neste sentido, pois a mentira e a dissimulação são coisas do Diabo, como costuma dizer “Seu Quincas”. E ele está certo, pois Jesus, quando estava no deserto, em retiro, foi tentado de todas as maneiras por Satanás, que usou de todos os artifícios para fazê-lo cair em tentação e dentre suas artimanhas prevaleceu a mentira e a dissimulação e, graças a força do “Pai”, “o Messias” resistiu.
Aliás, assim que chegar por essas bandas vou falar da reportagem para “Seu Quincas” para saber a sua opinião. Certamente “Seu Quincas” vai dizer: “Vôte! E eu pensei que a Presidente não se juntasse com gente safada?!”
Como vocês podem ver, diante de fatos desta natureza somos forçados a reconhecer que a política é, também, a arte de dissimular.
Sem querer ser o melhor ou o mais puro dos homens, repiso: não quero ser político a este custo, juntando-me ou fazendo parcerias com gente dessa laia e, como se diz no popular, to fora!
Um abraço a todos.
*PAULO ROBERTO DE
LIMA é
graduado em Filosofia pela Universidade Católica, bacharel em Direito
pela Faculdade de Direito do Recife e atualmente exerce o cargo de Procurador
Federal.
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