Pelo menos três pré-candidatos a governador tentaram tirar uma casquinha no seminário que o Estado promoveu com os prefeitos em Gravatá.
O primeiro deles, o secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar, além de fazer um discurso atacando a gestão passada de Jarbas, senador hoje aliado do governador Eduardo Campos, assumiu a coordenação e papeou com convidados num jantar na quinta-feira que varou a madrugada.
Mais discreto, o prefeito Geraldo Júlio também deu a entender na sua fala que está picado pela mosca azul. Geraldo acha que se fizer uma grande gestão no Recife em um ano e meio acumula milhas no voo da sucessão estadual de 2014.
Por fim, o ministro da Integração, Fernando Bezerra Coelho, que, além de fazer um pronunciamento com olho no Palácio das Princesas, assinou convênios, flertou com prefeitos e mostrou que tem a caneta na mão para ajudar os municípios, com o deliberado apoio da presidente Dilma.
Mas aos que tentaram se turbinar no encontro, um recado do governador: ele não quer antecipar a discussão da sua sucessão em dois anos.
O seminário, para ele, cumpriu rigorosamente o seu objetivo, de integrar as gestões municipais ao modelo do governo estadual, que prima pela desburocratização com planejamento e transparência.
Nem de longe o governador fez o encontro para desfile de candidatos, porque não deseja amputar um pedaço de um governo aprovado (segundo o Datafolha, Eduardo é o governador mais popular do País).
Qualquer antecipação de 2014, na opinião do governador, prejudica o andamento da sua gestão, que tem ainda muitos frutos a colher em praticamente dois anos.
O condutor da sucessão estadual é o próprio Eduardo, que só vai sinalizar na hora certa e espera que os que sonham em contar com o seu apoio tenham essa ampla compreensão e discernimento.
Fonte: Blog do Magno Martins
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